sexta-feira, 18 de abril de 2008

Resenha: O fabuloso destino de Amélie Poulain (Comédia, Drama)

O Fabuloso Destino de Amélie Poulain


Título Original: Le Fabuleux Destin d'Amélie Poulain

Gênero: Comédia

Tempo de Duração: 120 minutos

Ano de Lançamento (França): 2001

Direção: Jean-Pierre Jeunet

Roteiro: Jean-Pierre Jeunet e Guillaume Laurant

Produção: Jean-Marc Deschamps

Música: Yann Tiersen

Fotografia: Bruno Delbonne

Desenho de Produção: Aline Bonetto

Direção de Arte: Volker Schäfer

Figurino: Madeline Fontaine e Emma Lebail

Edição: Hervé

Certa vez conversando com um amigo sobre que característica excepcional o homem teria, eu disse: o ser humano é um ser que fabula. Isso foi pensado e dito por mim sem ainda ter visto o filme O FABULOSO DESTINO DE AMÉLIE POULAIN. Ele trata justamente da capacidade de transformação da realidade que imaginamos. Amélie, é mostrada desde a infância, vivida sempre sozinha, privada de relacionamentos pelo pai médico, que nem a deixava ir à escola por pensar que a menina tinha problemas no coração. A fantástica imaginação de Amélie se estende para alem da infância, bem como sua reclusão sentimental. Mas, ao encontrar uma caixa com brinquedos e objetos infantis (... somente o primeiro homem a entrar no túmulo de Tutancâmon poderia compreender a emoção de Amélie...) decide, então a encontrar seu dono, se ele se emocionasse, ela irá imiscuir-se na vida dos outros, na tentativa de ajudá-las (... tal como Dom Quixote, atacou o moinho implacável das aflições humanas...). A beleza da fotografia, a narração singular, a trilha sonora emocionante, tudo no filme é poético. por: isaias de faria.








6 comentários:

Rodrigo HM disse...

Ótima resenha, pelo pouco que vi do filme, percebi principalmente visualmente que trata-se de um filme de beleza ímpar, realmente impactante, a primeira vista. Quando assistir na integra poderei tecer comentários mais detalhados. ABraço.

monicat disse...

Este filme deve ser muito emocionante, pois, parece tratar- se de um trauma da infância da protagonista que vai se recuperando à medida que vai desvendando os segredos de uma caixinha. Acertei? Gosto de filmes assim, mas se o meu comentário não estiver de acordo com o filme...ops!

Ritalix disse...

esse é uns dos filmes que mais amo!
é aquele mundo maravilhos dentro de uma caixinha, como se representasse todo o filme!
muito legal,
abraços,
Gostei do Blog

Ritalix

Unknown disse...

É o melhor filme que já vi! Além de ser totalmente diferente de todos os filmes... Cor.. Trilha sonora.. Personagens!!! Só uma palavra exemplifica esse filme: FODA!

Dessinha Mueller disse...

Obviamente, as cenas parecem ser engraçadas, mas atrás do aparente humor exprimi-se a dor contemporânea do vazio e como nos apontou Trevizani (2009), o narcisismo como estratégia de (im) possibilidades nesse contexto em que os fluxos de forças operam de modo agressivo sobre nós. Como já mencionado, não no sentido como uma apologia, mas como um modo de pensarmos cartograficamente o cenário social-político e problematizarmos as patologizações. Enfim, podemos pensar o narcisismo como um sintoma social.
"O narcisismo parece realmente representar a melhor maneira de lidar com as tensões e ansiedades da vida moderna, e as prevalecentes condições sociais que tendem a fazer emergir traços narcísicos que estão presentes em todos nós em diferentes graus." (TREVIZANI,2009 APUD LASCH.1979)
A partir daí podemos pensar a cena em que Amélie e o homem de vidro, juntos tentam decifrar a razão pela qual uma pessoa percorreria os quatros cantos da cidade para tirar fotos de si. Os personagens nesse momento citam o medo que o suposto homem teria de envelhecer, justificando as ações por ele praticada. Amélie, acha que o mesmo seja um morto que não quer ser esquecido. Essa cena nos coloca diante da condição do narcisismo no contemporâneo que segundo ( Trevizani, 2009) deve ser entendidos como metáfora de nossas relações sociais e não como sinônimo de egoísmo.

DIARIO DE FORMAÇAO disse...

Nos primeiros 15 minutos do filme ele parece chato,mas depois de uma reflexão sobre o complexo universo do ser humano,pode se fazer varias leituras,no meu caso que estou trabalhando sobre a teoria do vinculo de Pichon Revier deu para compreender bem a vida dessa garota.De acordo com essa teoria se estabelecermos vínculos positivos desde da infância teremos mais facilidade para o relacionamento com os outros,como ela não teve oportunidade de fazer vínculos com seus pais a sua dificuldade foi muito maior.