terça-feira, 22 de abril de 2008

Expressionismo Alemão: Nosferatu, Eine Symphonie des Grauens, 1922

Nosferatu 



Título Original: Nosferatu, Eine Symphonie des Grauens
Diretor: FW Murnau
Data de lançamento: 1922
País de origem: Alemanha
Com: Max Schreck .... Conde Orlok / Nosferatu
Greta Schröder .... Ellen Hutter
Karl Etlinger .... Matrose
John Gottowt .... Professor Bulwer
Ruth Landshoff .... Lucy Westrenka
Georg H. Schnell .... Westrenka
Gustav von Wangenheim .... Thomas Hutter
Gustav Botz .... Dr. Sievers

Obra clássica alemã silenciosa, “Nosferatu” era um filme incomum para o seu tempo, para alguns a mais assustadora adaptação de Dracula de Bram Stocker, tamanha a atmosfera sombria, o clima soturno, e a caracterização dos personagens. Houveram muitos problemas na época com a esposa de Bram Stocker, que não permitia a adaptação, com ameaça de acionamento judicial e destruição dos negativos, consequentemente os nomes dos personagens foram modificados. O Dracula aqui é retratado da forma mais animalesca possível. Filmado em 1922, pelo diretor F.W. Murnau, ele usou em grande parte locações externas ao invés de estúdio. Sua intenção era mostrar o realismo e a autenticidade, e seu trabalho foi notável. Às vezes, “Nosferatu” assemelha-se a um documentário com adornos sutis, apenas perceptíveis por quem já é familiar ao Expressionismo Alemão. Posteriormente, você notará que quase toda cena é diagonalmente composta, como a chegada da carruagem que carrega Hutter próximo ao castelo de Orlok ou as cenas quando carregam o caixão de Orlok de volta ao castelo. As cenas diagonais criam uma espécie de distorção, definitivamente uma sugestão visual do Expressionismo. As sombras extremas com uso do negativo, em uma floresta adicionalmente realçam a distorção. As atuações certamente são peculiares. Este tipo de estilo era comum em filmes silenciosos, uma resposta emocional era necessária para se perceber os sentimentos subjetivos sobre uma realidade objetiva. “Nosferatu” não deve ser considerado realístico, meramente uma fantasia onde os sentimentos e as emoções reais, devem ser lembrados na realidade concreta. Os temas são tratados com uma realidade emocional. Por Rodrigo HM.


NOSFERATU

NUNCA DIGA ESTA PALAVRA,
ELA É COMO O CANTO
SINISTRO DO PÁSSARO DA MORTE,
DEVO TE DIZER,
SENÃO SUA VIDA SE REDUZIRÁ
A TREVAS
FIGURAS MAL ASSOMBRADAS
SURGIRÃO EM SEU CORAÇÃO
PARA SE ALIMENTAR DE SEU
SANGUE.


-Por que voçê as matou, estas flores lindas?
-Pra quê tanta pressa jovem amigo, ninguém foge de seu destino.
"Eis aí duas frases que mostram o esmero na 'linguagem'
deste grande representante do Expressionismo Alemão.
O Bizarro, a Mise-en-Scène forte, a Música
tudo Burilado com mestria por MURNAU."
Por: Israel Faria











3 comentários:

Rodrigo HM disse...

Muito bom o post, filme primordial no genero terror, magistral ! Mesmo sendo cinema mudo, é a primeira vez que o livro de Bram Stocker é abordado no cinema, tendo até mesmo o aval do próprio Bram na época das filmagens, ficou faltando as informações técnicas sobre o filme. Abraço.

Thiago Barcellos disse...

Não houve aval nenhum de Bram Stoker, porque à epoca do filme, ele já estava morto.

Nosferatu na realidade se 'inspira' no romance de Bram Stocker. Todavia o título do filme e o nome do personagem principal foram mudados porque a viúva do escritor reclamou, não sem razão, que o patrimônio do marido estava sendo dilapidado.
E se você notar, o filme não se chama Drácula (como no título do livro) e sim, Nosferatu.

Thiago Barcellos disse...

Não houve aval nenhum de Bram Stoker, porque à epoca do filme, ele já estava morto.

Nosferatu na realidade se 'inspira' no romance de Bram Stocker. Todavia o título do filme e o nome do personagem principal foram mudados porque a viúva do escritor reclamou, não sem razão, que o patrimônio do marido estava sendo dilapidado.
E se você notar, o filme não se chama Drácula (como no título do livro) e sim, Nosferatu.